Ascalão | |
![]() Bandeira de Ascalão | |
Hebraico | אשקלון |
Árabe | ٲشكلون |
Fundada em | 1951 |
Governo | Cidade |
Também grafada | Ashkelon, Ashqelon (oficialmente)
Ascalom, Ascalon, Asquelom (extra-oficialmente) |
Distrito | Sul |
Coordenadas | 31° 40′ N, 34° 34′ L |
População | 110.200 (2008) |
Jurisdição | 47.788 dunans (47,788 km²) |
Prefeito | Benny Vaknin |
Website | www.ashkelon.muni.il |
Ascalão ou Ascalona (אַשְׁקְלוֹן em hebraico; ٲشكلون ou عسقلان Asqalān em árabe; Ascalon, em latim; Isqalluna, em acadiano) é uma cidade do Distrito Sul de Israel, situada ao norte da Faixa de Gaza na costa mediterrânea, a 64 km ao sul de Tel-Aviv.
Sua população era majoritariamente árabe, antes da Guerra árabe-israelense de 1948.
O topônimo "Ascalão" foi recebido pela língua portuguesa do grego Askálōn, através do latim Ascalone-. A forma grega advém do termo hebraico axhhlon, "emigração".
A grafia tradicional do topônimo em português é "Ascalão", registrada em diversas fontes onomásticas. Algumas versões da Bíblia em português empregam todavia as formas alternativas "Ascalom", "Ascalon" e "Asquelom".
A imprensa de língua portuguesa tem empregado a grafia "Ashkelon", transliteração do original hebraico para o inglês ou francês.
O gentílico de Ascalão é "ascalonita", de dois gêneros.
O antigo porto marítimo de Ascalão remonta à Idade do Bronze. Ao longo de sua história, a cidade foi dominada por uma sucessão de povos, incluindo cananeus, filisteus, hurritas, assírios, egípcios, fenícios, hebreus, persas, gregos, romanos, muçulmanos, cruzados, otomanos e britânicos.
Foi destruída pelos mamelucos em 1270 e posteriormente reconstruída pelos árabes, de modo que em 1576 era a sexta maior cidade da Palestina, com uma população de 2 795 habitantes. Na altura de 1948, Ascalão havia crescido para 11 000 habitantes, quando a Guerra Árabe-Israelense eclodiu. Na ocasião, o povoado árabe de Majdal, na região de Ascalão, tornou-se a posição avançada da força expedicionária egípcia baseada em Gaza. O povoado foi ocupado pelas forças israelenses em 5 de novembro de 1948 e a população árabe fugiu para Gaza junto com a retirada do exército egípcio. A moderna cidade israelense de Ascalão, fundada em 1950, conta com uma população de 108 900 habitantes.
O local foi o maior e mais antigo porto marítimo de Canaã, e posteriormente, uma das "cinco cidades" (Pentápole) dos filisteus. Escavações arqueológicas iniciadas em 1985, chefiadas por Lawrence Stager, da Universidade de Harvard, estão revelando um sítio com aproximadamente 15 m de entulho acumulado de períodos sucessivos: cananeu, filisteu, Israelita, fenício, iraniano, helenístico, romano, bizantino, islâmico e dos cruzados.
Nas camadas antigas estão túmulos em poço do período pré-fenício cananeu. A cidade foi originalmente construída em arenito e possui um bom lençol freático. Foi uma cidade relativamente grande com cerca 15 000 pessoas vivendo dentro de seus muros. Ascalão foi uma próspera cidade da Idade do Bronze média ( 2000 - 1550 a.C.) de mais de 607 000 m², com estradas e o mais antigo portal em arco do mundo. As escavações na parte norte demonstram que na Idade do Bronze média ( 1700 -1550 a.C.) as portas e fortificações foram reconstruídas quatro vezes num período de 150 anos, o que demonstra a grande turbulência social no período.
A chegada dos filisteus pôs fim ao período cananeu na cidade. Durante a dominação filisteia, tornou a ser uma das cinco cidades em que o território filisteu era dividido (Pentápole). Textos cuneiformes deixam claro que Ascalão foi uma cidade filisteia durante a maior parte da Idade do Ferro ( 1200 -586 a.C.).
No século VIII a.C. a cidade foi controlada pelos assírios e posteriormente pelos egípcios. Já em 604 a.C. a Ascalão foi destruída por Nabucodonosor, sendo reconstruída oitenta anos depois. Durante o período persa, a cidade pertenceu aos fenícios.
Quando Alexandre, o Grande conquistou a região, em 332 a.C., Ascalão passou a ser parte de seu império. Assim, os ptolomeus a governaram até 198 a.C., passando, então, ao controle dos selêucidas.
Durante o período macabeu, Ascalão recebeu Jônatas triunfalmente; este evitou a destruição da cidade (ver I Macabeus 10:86-87; 11:60). A partir daí, manteve sua autonomia, inclusive durante o período romano (37 a.C. - 324). E esta autonomia foi referendada pelos romanos, durante a revolta judaica de 70, pela neutralidade da cidade durante o conflito.
As primeiras escavações em Ascalão foram realizadas em 1815, por Lady Herster Lucy Atanhope. Posteriormente, em 1920 e 1921, foram realizadas novas escavações pelo arqueólogo britânico John Garstang. As últimas escavações foram realizadas a partir de 1990 por Laurence Stager, da Universidade de Harvard.
Ascalão possui as seguintes cidades-gémeas: