Legio IV Scythica | |
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![]() Mapa do Império Romano em 125 Mapa do Império Romano em 125, sob o imperador Adriano. LEGIO IV SCYTHICA estacionada em Zeugma, no Eufrates (Gaziantep, Turquia), na província da Síria, de 68 até o século V | |
País | República Romana e Império Romano |
Corporação | Legião romana ( Mariana) |
Missão | Infantaria |
Denominação | Scythica, "Scythica" Parthica, "dos Partas" |
Criação | 42 a.C. até alguma data no século V |
Patrono | Marco Antônio |
Mascote | Capricórnio |
História | |
Guerras/batalhas | Campanha parta de Marco Antônio (século I a.C.) Revolta Panônia (6–9 d.C.) Guerra romano-parta de 58-63 (58) Batalha de Randeia (62) primeira guerra judaico-romana (66) Revolta de Barcoquebas (132) Guerra romano-parta de 161-166 Guerra romano-parta de 198 |
Comando | |
Comandante | Marco Antônio Otaviano Gélio Máximo (usurpador, derrotado por Elagábalo) Sétimo Severo (comandante das legiões do oriente) Lúcio Vero Quinto Verânio Nepos (tribuno) |
Sede | |
Guarnição | Mésia 42 a.C. - 58 d.C.) Zeugma, Síria (58 - após 219) |
Legio quarta Scythica ou Legio IIII Scythica ou ainda Legio IV Scythica ("Quarta legião Cita") foi uma legião romana recrutada por Marco Antônio por volta de 42 a.C. para a sua campanha contra o império Parta, daí o seu outro cognome, Legio IV Parthica. A legião ainda estava ativa na província romana da Síria no início do século V O símbolo da legião era o capricórnio.
Em seus primeiros anos, os passos da IV Scythica são incertos, embora seja provável que ela tenha tomado parte da Campanha parta de Marco Antônio. O nome sugere que ela lutou contra os citas. Após a batalha de Ácio e o suicídio de Marco Antônio, Otaviano transferiu a quarta para a província da Mésia, na fronteira do Danúbio. A partir daí, a legião parece ter servido apenas em tarefas civis, como construir e manter as estradas romanas.
O rei Vologases I da Pártia invadiu o Reino da Armênia, então um estado cliente de Roma, em 58 Nero ordenou que Cneu Domício Córbulo, o novo legado da província da Capadócia, que lidasse com o assunto. Córbulo trouxe a IV Scythica da Mésia e, juntamente com a III Gallica e a VI Ferrata, derrotaram os partas e restauraram Tigranes VI ao trono. Em 62, ela, agora com a XII Fulminata, comandadas pelo novo legado imperial propretor da Capadócia, Lúcio Cesênio Peto, foram derrotadas pelos partas na batalha de Randeia e foram forçadas a se render. As legiões foram desgraçadas e removidas do teatro de operações, em Zeugma, que seria o quartel da IV Scythica por mais um século.
No Ano dos quatro imperadores (69), a legião, assim como todo o exército oriental, tomou o partido de Vespasiano imediatamente. Apesar da lealdade demonstrada, a IV não se envolveu nas batalhas, pois não era considerada uma legião de alta qualidade, o que remete à uma outra derrota, desta vez na primeira guerra judaico-romana (66 - 70) alguns anos antes.
No século II, ela participou da supressão de outra rebelião judaica, desta vez com mais sucesso (a Revolta de Barcoquebas).